Terça-feira, 30 de Dezembro de 2003
Em abono do rigor, devo acrescentar que o «Escrítica Pop» (ver abaixo) não esgotou as possibilidades da minha socialização musical secundária. Por um lado, muitas referências do MEC deixaram de fazer sentido (tirando «Transmission» e «Atmosphere», os Joy Division não são grande coisa, pois não?); por outro, nem a fina rede que o Miguel lançou conseguiu captar certas pérolas só acessíveis a um ouvido erudito.

Um exemplo? Há umas semanas, a BD do Nuno Markl no «Inimigo Público» mencionava o tema «Lição de Português», de Madi, terceiro classificado no Festival RTP de 1980. Estremecido ante a súbita lembrança de tal maravilha, telefonei de imediato ao Fernando Alvim, compincha do anterior (do Markl, não do Madi), implorando cópia da canção - ou melhor, da Canção. Mas o Alvim, já se sabe, anda demasiado ocupado em sessões de autógrafos e não está para me atender com o cuidado devido.

Eis porque peço, encarecidamente, à blogosfera: alguém me arranja o mp3 do Madi? Vocês conhecem: era aquele rapaz extrovertido que falava a língua com dificuldade e que, por vezes, fazia duetos com o Sérgio Wonder, que não era cego mas era coxo. Aguardo contactos.

P.S.: estou a falar a sério.


publicado por ag às 12:10 | link do post

Hoje o «Blitz» (o «Blitz»!) distribui, em troca de 14 euros, o «Escrítica Pop», do sr. Cardoso, que a Assírio e Alvim decidiu oportunamente reeditar com duas décadas de atraso. Com a possível excepção da versão hardback de «Teleculinária (e Doçaria)», vol. II, Silva, Chefe (org.), não deve haver livro que eu tenha lido tantas vezes. E só não li mais porque, nos idos de oitenta, um amigo a quem nunca insultarei o suficiente mo ‘perdeu’ (sic). Por via das dúvidas, agora comprei três «Escrítica» e, oficialmente, deixei de ter amigos.


publicado por ag às 12:08 | link do post

Nos natais da minha infância, tempo em que a petizada pedia aos pais uma bicicleta, um ZX Spectrum ou um par de estalos, eu só sonhava ter uma coisa: 298 inbound links. Os meus pais, decerto para me traumatizar, nunca satisfizeram esta legítima ambição. Só agora, enquanto tropeço rumo à velhice, a blogosfera se uniu para me entregar o ambicionado presente. Aí está ele, e obrigadinho.

Resta-me, apenas, uma dúvida: os links funcionam a pilhas ou tenho de comprar o transformador por fora?


publicado por ag às 11:33 | link do post

Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2003
No Portugal real (mas republicano), toda a gente coça as costas a toda a gente. Na blogosfera, tal exercício, bem como o mero elogio fortuito, é alvo de intensa, embora tácita, censura. Mais dia menos dia, cai-lhe uma proibição em cima e eu estarei inteiramente de acordo. Donde não contem com panegíricos os blogues que agraciaram o Homem a Dias com as habituais - e lamentáveis - distinções de fim de ano.

Que o Carlos nem sonhe que o Contra a Corrente foi, junto com a Coluna Infame, um dos primeiros blogues que me habituei a visitar com regularidade, e que o acho um dos melhores exemplos do abismo de liberdade que separa este meio da imprensa ‘regular’.

E o Ricardo escusa de esperar que eu diga maravilhas do Babugem, entre as quais o facto de ser, hoje, a minha mais credível fonte de informação discográfica.

Quanto à Charlotte, essa está muito enganada se pensa que vou repetir o que já escrevi inúmeras e insuficientes vezes sobre o Bomba Inteligente: que é o melhor blogue nacional e ponto.

Estes, e todos os outros (ver links ao lado e não só) que revolucionaram a comunicação de um país abafado queriam elogios, comendas, retribuições, não queriam? Nem pensem. O Homem a Dias não vai nem acredita em grupos. Eu só acredito se ler no «Expresso».


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Anteontem, o «JN» citou uma frase da minha crónica no «Correio» e descreveu-me assim: ‘Alberto Gonçalves, analista’. Estava lá, em página par e por cima de uma declaração de Jorge Costa, futebolista. Eu julgava que analistas são os sujeitos que trabalham em clínicas e lidam com sangue, urina e dejectos vários. Afinal, não: analista sou eu, que me limito a escrever umas opiniões sobre o Governo, os costumes pátrios ou o dr. Louçã. Se calhar, é mesmo a definição mais adequada. Por via das dúvidas, já mandei imprimir novos cartões de visita.


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Terça-feira, 23 de Dezembro de 2003
Sobre o ‘outing’, não tenho muito a acrescentar. Apenas realço o mais recente exercício da modalidade, ocorrido quando o dr. José Sócrates terminou um prefácio ao livreco de uma relíquia do PS-Porto com a proclamação: ‘Eu gosto do Orlando Gaspar’.

A única dúvida que o episódio suscita é saber se gostar do sr. Orlando Gaspar significa homossexualidade ou fetichismo.


publicado por ag às 15:27 | link do post

Meu caro, corrija-me se estiver enganado, mas a dra. Ana Gomes não é já activista do Hamas? Ela, pelo menos, pensa que sim.


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Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2003
Hoje, cancelada à última hora uma ida a Lisboa, declarei-me de férias. Há tempo para ler o jornal nas calmas (incluindo os resultados da II Divisão B, zona Norte), adquirir um leitor de MP3, levar o carro à lavagem (capriche no interior, sff), conversar com os cães (actualmente, quatro), escrever um post ou dois. Compras de Natal? Cumprindo uma regra íntima instituída o ano passado, não faço compras de Natal, não dou prendas de Natal, não reconheço a existência do Natal.

E ainda por cima o dia está lindo, fresco e luminoso como se querem os dias e o moderno romance português. Só me apetece cantar - e dado que o blogue é mudo, vocês não sabem o que perdem.


publicado por ag às 11:33 | link do post

Uma pessoa lê a entrevista de Jaime Gama ao «Público» e pergunta-se: porque é que o PS não é mais parecido com o dr. Gama? E depois responde-se: porque um partido assim seria tudo menos socialista.


publicado por ag às 11:30 | link do post

Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2003
Ouço com apreensão que o Fórum da Tsf vai gozar duas semanas de férias. Ou muito me engano, ou os índices da violência doméstica vão disparar nesse período. Não é Freud, é física: aquela energia toda terá de ir parar a qualquer lado.


publicado por ag às 10:59 | link do post

Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2003
Hoje o «Público» vem com ‘Uma História Simples’. Os brindes dos jornais e o aborto (ver o CM de amanhã, sff) são as duas únicas insignificâncias em que não concordo com o João.


publicado por ag às 18:03 | link do post

Será excessivo confessar que não estou nada preocupado com o destino do sr. Saddam, contanto que ele sofra bastante?


publicado por ag às 18:03 | link do post

Natal? Não sou cristão. Prendas? Não preciso e, geralmente, não gosto. Família? Não a escolhi e, assim pudesse, na maioria dos casos arranjaria melhores opções. O melhor dia do ano é aquele em que chega a encomenda da Amazon. Para cúmulo, são muitos dias, decididos à minha vontade e que consigo celebrar em sossego.


publicado por ag às 18:02 | link do post

O computador já recuperou do vírus. Eu é que não: perdi ano e meio de trabalhos, incluindo crónicas (pff...), textos profissionais (pff...) e alguns mp3 preciosos (Deus Nosso Senhor me valha!). A recente pacatez do Homem a Dias deriva também daí, dado que me encontro em período de reflexão, na dúvida se escrevo uma carta indignada à sede da Microsoft ou se a destruo à bomba.


publicado por ag às 18:01 | link do post

Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2003
Chamam-me reaccionário e eu rio com desprezo. Reaccionários apanham o vírus da gripe: eu apanho vírus informáticos, que me deixam o computador em estado de coma e o conduzem aos cuidados intensivos até data incerta. Por isso, só hoje posso comentar a pouca vergonha que os EUA encenaram no Iraque, para consolo dos simples. Não chegava a grotesca farsa do peru de plástico, com que Bush - o caipira do Texas - se apresentou no Dia de Acção de Graças a soldados de plástico, numa imitação de plástico do aeroporto de Bagdad. Agora ainda tiveram de mostrar ao mundo um Saddam de plástico, os festejos de iraquianos de plástico e, para cúmulo, alguns palestinianos de plástico, decerto por imposição da conspiração sionista.

Vale que há, em Portugal e no mundo, comentadores de carne e osso capazes de desmontar a palhaçada num ápice. A dra. Ana Gomes, caso exista, é só um feliz exemplo.


publicado por ag às 12:03 | link do post

Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2003
1) Subscrever a opinião do Ricardo Gross sobre «Auto Focus» (que eu comprei na Fnac por uma fortuna e agora está na mesma Fnac ao preço dos monos das Edições Avante);

2) Congratular o Carlos Abreu Amorim, pela descendência e por este post.


publicado por ag às 16:20 | link do post

Livros há muitos. Mas raras são as obras que, mercê de caleidoscópica inovação estilística, abrem portas, escancaram janelas, desvirginam persianas, preparando o caminho para uma literatura que se deseja perpetuamente nova e que, diria EPC, retém no seu âmago os sinais que questionam essa originalidade essencial, assim como se a morte (ou a respectiva rejeição) se inscrevesse, cândida, nos gestos quotidianos, e erguesse cada instante à memória de um insuspeito (mas nem por isso menos trágico) epílogo. Livros de merda, portanto.

No último - wishful thinking, perdão -, no mais recente opúsculo de Urbano Tavares Rodrigues, cujo nome não me ocorre, há uma personagem, cujo nome não me ocorre, que é descrita da seguinte maneira:



«Fulana de Tal, apesar do seu revolucionarismo feminista, gostava do sexo às escuras.»



Parem, respirem fundo e deixem-se fulminar outra vez:



«Fulana de Tal, apesar do seu revolucionarismo feminista, gostava do sexo às escuras.»



A criação artística, quando inventiva e poderosa, é capaz de desencadear arrebatamentos irracionais. A miséria acima, por seu lado, desencadeia imediata galhofa, e é altamente desaconselhável a leitura de UTR enquanto se toma café num local público, sob pena de disseminar a beberagem pelas cinco mesas mais próximas.

Para além da alegria que proporciona, a principal vantagem de uma frase tão grotesca, analfabeta e vitalmente desprovida de qualquer sentido está nas possibilidades que oferece. Daqui para a frente, somos livres de escrever ficção sem as grilhetas da forma ou do conteúdo. Ou da inteligência, de resto. Como pretendera Feyerband para as ciências sociais, anything goes, tudo conta - e, afinal, era exactamente isto que tantos de nós esperávamos.

Eu próprio, por exemplo, comecei ontem o meu aguardado primeiro romance, cujo início hesito em definir, tamanha é a escolha:



«Mariana, apesar do seu masoquismo seminarista, apreciava a sopa morna.»



«Celestina, não obstante a sua dislexia emocional, delirava com uma bisca lambida nas tardes de Santarém.»



«Maria de Lurdes, mesmo desempregada e alta, era fervorosa coleccionadora de raminhos de cidreira e cordel.»



«Octávia, do âmago do seu estrabismo neoliberal, não passava ao lado de uma dança de salão.»



«Francisca, ainda que colonialista e portadora de Lupus, preferia o bolo-rei sem fava.»



Daqui ao Nobel é um saltinho. Obrigado, Urbano.


publicado por ag às 15:58 | link do post

Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2003
O Ricardo de Araújo Pereira faz o favor de me chamar (e ao João) ‘reaccionário de qualidade’. De um comuna genial como ele, presumo que seja um dos maiores elogios que uma pessoa pode receber. Por isso, e sem sombra de ironia, confesso a subida honra e, na modesta medida do possível, retribuo-a. [O paleio saiu um bocadinho a dar para o roto, mas uma vez passa.]


publicado por ag às 15:41 | link do post

Terça-feira, 9 de Dezembro de 2003
O Mar Salgado aponta os blogues como a continuação natural das partidas de futebol: uma pessoa parte para aqueles depois de abandonadas estas. Comigo, embora com uns vinte anos de intervalo, sucedeu exactamente assim. Donde, para efeitos de balanço e contas, acho que devo a essa fase ultrapassada da minha existência uma evocação a preceito. Aqui vem ela.



Ao longo da vida, uma pessoa pode mudar tudo: crença, partido, nacionalidade, nome, até o sexo (salvo seja). Não pode mudar de clube. Um clube não se escolhe - pertence-se de modo tresloucado e inato e irracional, sem qualquer motivo lógico que sustente essa pertença. Desejemos ou não, não há motivo, e não me venham com o argumento da 'nossa terra'. E se a 'nossa terra' tiver mais de um clube? E se formos de Lisboa? Somos do Benfica, do Sporting, do Belenenses, do Atlético, do Casa Pia ou do Oriental? Quem decide?

Ninguém decide. Vá lá saber-se porquê, há alguma coisa que acontece na cabeça de um fedelho de chupeta e que o leva a 'ser', por exemplo, do Oriental, ainda que o pai do fedelho morra de desgosto, que o Oriental tenha descido à sétima divisão em 1934 e que o seu maior craque actual receba uma pensão por deficiência motora. É assim, e quando assim é não há força que poupe o fedelho a um futuro previsivelmente melancólico.

Veja-se, por favor, o meu caso. 'Sou' do Benfica e do Leça. Por que carga de água? Tenho familiares 'leceiros', nunca tive familiares do Benfica, nasci em Matosinhos, vivi em Matosinhos, gosto de Matosinhos, gostei de Lisboa, não gosto de Lisboa, vivo praticamente em Leça da Palmeira e não perco grande tempo em Leça da Palmeira. É uma cegada, uma confusão da qual apenas se retira um facto: 'sou' do Benfica e do Leça, e quero que ambos ganhem sempre e estou sempre a dizer mal de ambos e não vejo as partidas de ambos já que ambos jogam sempre pouco e ganham sempre pouco para aquilo que eu queria que jogassem e ganhassem.

Mas a questão é: e o Leixões? É da minha terra? É sim senhor. É o meu clube? Não é, não senhor. Querem que minta? Não sou político e, a menos que uma coisinha ruim me roube as faculdades mentais ou me acrescente seis zeros à conta bancária, espero não vir a sê-lo. No entanto, devo informar a opinião pública que o Leixões Sport Club é a única instituição que beneficiou do talento do extremo-direito mais injustamente esquecido da história do futebol.

Refiro-me, sem falsas modéstias, a este vosso criado, que aí por volta de 1981 encheu o campo de treinos do Mar com a magia dos seus dribles sibilinos e o efeito letal dos seus cruzamentos sobrenaturais. Pela visão de jogo, chamavam-me o 'Médium-Ala'. Pela velocidade, alcunharam-me de 'Ala que se faz tarde'.

Quem descobriu o meu génio foi Óscar Marques, lendário treinador dos petizes, e o pormenor de eu ser sobrinho dele em nada toldou a sua perspicácia. No Leixões, realizei meia dúzia de treinos, momentos únicos que nenhuma câmara registou para a posteridade, mas que as testemunhas presentes à época recordam hoje com uma lágrima marota e pingo no nariz. Aos meus pais, o tio Óscar, perdão, o Mister, foi categórico: 'O Toninho joga com muita elegância!' Na altura, houve quem interpretasse isto como um reparo, mas eu percebi logo que o Mister percebeu que eu percebi que eu era grande demais para o Leixões. E que não poderia segurar-me.

A alternativa, a curto prazo, era sair para um 'grande', tipo Barcelona ou Gatões, mas a minha gratidão ultrapassava largamente a ambição e a cobiça. Jogador que se preze veste uma camisola na carreira e não a tira nem para tomar banho. Trocas, não eram e não são comigo. Consciente do dilema, anunciei ao mundo a minha retirada, no auge e com a seguinte proclamação (que estranhamente não foi inscrita em nehuma placa comemorativa): 'Para que o Leixões não me perca, perde-me o futebol!'

Indiferente ao drama que se gerou, com vagas de fundo, romarias e velinhas a N. S de Fátima, a partir daí dediquei-me ao ténis de mesa, a título individual e esporádico. Mas, fiel a rígidos princípios, jurei não voltar a integrar, oficialmente, outra equipa que não o LSC.

Fiquei adepto? Disse e repito: não se muda, não fiquei. Permaneci 'benfiquista' e 'leceiro', na qualidade de ocasional espectador de sofá. Mas, enquanto desportista praticante, o símbolo das raquetes cruzadas mantém-se, naturalmente suado e sujo, colado ao meu coração.

Um coração que evoca e agradece sentido os aplausos dos dois ou três monos anónimos que, sentados numa pilha de tijolos, contemplaram, há duas décadas, a arte e a técnica deste que se assina,



Alberto Gonçalves (o 'Toninho')


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Sábado, 6 de Dezembro de 2003
«O Independente» publicou ontem a lista dos subsídios e dos espectadores de cada filme português estreado nos últimos cinco anos. Coisa linda: tivesse tempo, ficaria horas a contemplar aquilo. Não tenho. Limito-me a registar que, sobre os subsídios à cultura, a esquerda-Expresso invoca a complexidade do tema e evita simplismos redutores. Pelo que eu simplifico e reduzo: só veria com agrado que parte dos meus rendimentos ajudassem o sr. Pedro Costa a realizar «Sangue», «Ossos», «Entranhas» ou «Borbulhas» no dia em que o sr. Pedro Costa investisse os rendimentos dele no financiamento do Homem a Dias. Visto que sou bonzinho, o facto deste blogue ser muito mais visitado que todos os filmes do sr. Costa juntos nem faria parte das contas.


publicado por ag às 10:32 | link do post

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